Por Gabriela Rodrigues
Mestranda do Programa de Pós Graduação em Bioética da PUCPR
Fonte Legenda |
Sendo a natureza não mais que um objeto à disposição
da razão humana, podemos constatar que o cartesianismo antropocêntrico
estabeleceu um grande distanciamento na relação ser humano/natureza.
Nos
últimos anos vem ocorrendo uma crescente conscientização global sobre os
impactos causados pela relação ser humano/natureza. Essa consciência humana,
embora tardia, fez com que o ser humano procurasse retomar este contato com o
entorno. Uma das maneiras de se buscar um resgate da relação ser humano/natureza
seria com o ecoturismo; que tem por objetivo a aplicação de princípios e
valores éticos do comportamento do turista, a sustentabilidade, que visa o
desenvolvimento do ambiente não degradando e não interferindo na qualidade de vida
da comunidade local, juntamente com o aspecto educacional. Entretanto nem
sempre isso vem sendo cumprido.
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Como podemos verificar, o Ecoturismo é uma
forma de lazer que alia a responsabilidade sobre as áreas naturais, o bem-estar
da população local, a uma orientação filosófica, ao desenvolvimento sustentável
e à educação. Mas, a sua prática causa impactos na natureza, na organização
social, econômica cultural das comunidades anfitriãs e nos turistas.
Dentre os impactos, destaca-se
especulação imobiliária, aumento do custo de vida, concorrência, conflito de
costumes, influência de hábitos urbanos nas comunidades anfitriãs,
prostituição, exposição de agravos à saúde, compactação do solo, poluição,
incentivo ao uso de animais em souvenires e tráfico de animais. A
Educação Ambiental aparece como forma de resgate na relação homem/ambiente, visando
preparar cidadãos conscientes para uma atuação mais compreensiva e responsável
em relação ao mundo.
A hierarquia axiológica deve ser
alterada com a Educação (ambiental) através de um trabalho de sensibilização,
compreensão e ação da necessidade deste diálogo que conforme Gadotti (2000)
exige valorização da ação e emoção refletindo uma práxis responsável. Faz-se necessário a busca de equilíbrio, sendo
benéfico a todos os envolvidos. A bioética ambiental promove esse diálogo.
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